Espécie endêmica do Brasil, encontrada nos estados do ESPÍRITO SANTO, municípios de Conceição da Barra (Pereira 5720), Guarapari (Pirani 3488), Linhares (Peixoto 3014), Nova Venécia (Forzza 7792), São Mateus (Faria 155), Serra (Pereira 534), Sooretama (Zuntini 41), Vila Velha (Vinha 1183), Vitória (Assis 418); MINAS GERAIS, município de Descoberto (Castro 572); PARANÁ, municípios de Antonina (Novais IB20), Guaraqueçaba (Tardivo 78), Guaratuba (Silva 554), Matinhos (Souza 32), Morretes (Hatschbach 1477), Paranaguá (Hatschbach 21389), Pontal do Paraná (Bonaldi 572); RIO DE JANEIRO, municípios de Arraial do Cabo (Uller s.n.), Cabo Frio (Rezende 241), Campos dos Goitacazes (Baez 912), Carapebus (Oliveira s.n.), Duque de Caxias (Silva Neto 1503), Guapimirim (Pereira 44593), Itaboraí (Araújo 1355), Itatiaia (Ule 4333), Macaé (Araújo 3705), Magé (Almeida 131), Mangaratiba (Ribeiro 720), Maricá (Agarez 30), Miguel Pereira (Monteiro s.n.), Niterói (Machado 1131), Nova Iguaçu (Silva Neto1471), Paraty (Marquete 1280), Petrópolis (Nunes s.n.), Rio Bonito (Trinta 907), Rio de Janeiro (Lanna 243), São José de Ubá (Dan 2326), Saquarema (Fontella 2880), Silva Jardim (Silva Neto 1278); SÃO PAULO, municípios de Bertioga (Gottsberger22), Biriba Mirim (Fepaf 101), Boracéia (Proença 76), Cananéia (Barros 1979), Caraguatatuba (Queiroz 483), Cubatão (SP 14896), Iguape (Catharino 28), Ilha Comprida (Carrasco 49), Itanhaém (Romão 729), Juquiá (Kuhlmann 3101), Mogi das Cruzes (Nicolau 2817), Pariquera-açu (Sztutman 148), Peruipe (Castelani 50), Picinguaba (Araújo 33543), Registro (Souza 101), Salesópolis (Nicolau 2536), Santos (Boldrin 482), São Paulo (Hoehne 2320), São Sebastião (Oliveira 3662), Ubatuba (Leitão Filho 34713),
Árvore de até 18 m, endêmica do Brasil. Conhecida popularmente como caixeta e pau-de-tamanco, entre outros, foi documentada tipicamente em ambientes alagados próximos ao mar associados à Mata Atlântica (Gentry, 1992), preferencialmente em áreas que apresentam variação na lâmina d'água (Castro, 2002). Formam frequentemente os chamados "caixetais", com densidade específica superior a 50% (Bernhardt, 2003), principalmente nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Era reportada para o estado da Bahia, entretanto, estudos recentes demonstraram que essas subpopulações correspondem a outra espécie (Lohmann com. pess.). Apresenta distribuição ampla (EOO=306332 km²), porém alta especificidade de habitat e AOO=828 km². É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), e vem sendo intensamente retirada da natureza desde o começo do século XX. Atualmente, restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação, como o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caixetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. A exploração de caixeta é realizada, exclusivamente, em áreas de florestas naturais. Apesar de possuir particularidades como grande potencial de regeneração da cepa após o corte e capacidade de habitar áreas alagadiças, o que tornam seu manejo possível, porém a maior parte da produção é de caráter predatório, com florestas cortadas e abandonadas (Marquesini et al., 1998). Apesar de protegida por Unidades de Conservação de proteção integral, é uma espécie bastante explorada e de alto valor agregado, utilizada na confecção de tamancos, instrumentos musicais e artesanato (Tropical Plants Database, 2019). Atualmente, restam poucas subpopulações viáveis para a exploração comercial. Apenas São Paulo dispõe de legislação regulamentando sua exploração, onde estabelece que apenas indivíduos com DAP maior que 15 cm podem ser cortados, e exige a manutenção de pelo menos 20 indivíduos por hectare. Entretanto, foi demonstrada a necessidade de manutenção de ao menos 75 indivíduos reprodutivos por hectare, distribuídos de forma homogênea, considerando-se sua alta diversidade genética intra populacional (Cavalari Neto, 2004). Diante desse cenário, portanto, a espécie foi considerada "Vulnerável "(VU) à extinção neste momento. Infere-se declínio contínuo em EOO, AOO, extensão e qualidade de habitat, no número de situações de ameaça e número de indivíduos maduros. Recomenda-se a garantia do ciclo de corte estimado, além de investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de verificar a existência de subpopulações remanescentes, considerando a viabilidade populacional e sua efetiva proteção lastreada em legislação e dados científicos atualizados, além da elaboração de um Plano de Manejo sustentável adequado que viabilize a exploração da espécie por populações tradicionais.
A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Em Perigo" (EN) na Portaria 443 (MMA, 2014) sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re-acessado após 5 anos da última avaliação.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | EN |
Espécie descrita em: Prodr. [A. P. de Candolle] 9: 213. 1845
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2.2 Species disturbance | 5.3.2 Intentional use: large scale (species being assessed is the target) [harvest] | occupancy,mature individuals | past | local | high |
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Neto, 2004). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | locality,habitat,mature individuals | past | regional | high |
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. A espécie ocorre próximo ao mar, em áreas muito visadas para a construção de condomínios (Castro, 2002). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | locality,habitat,mature individuals | past,present,future | regional | high |
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat,mature individuals | past,present,future | regional | high |
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat,occurrence | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003). Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5 Law & policy | on going |
Código Florestal. Lei 4.771/65 de 15 de setembro de 1965. BRASIL. Resolução CONAMA 01/94 de 31 de janeiro de 1994. http://www.lei.adv.br/001-94.htm BRASIL. Decreto 750/93 de 10 de fevereiro de 1993. http://www.lei.adv.br/750- 93.htm Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2. "Em Perigo" na Lista Vermelha 2013. BRASIL. | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
Encontrada em diversas unidades de conservação (Snuc), como: Parque Estadual da Serra do Conduru (BA),Reserva Biológica do Mico-Leão (BA), Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce (ES), Parque Estadual Paulo César Vinha (Setiba - ES), Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP), Estação Ecológica Juréia-Itatins (SP), Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (SP), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba (SP), Parque Estadual Rio da Onça (PR), Rebio Tingua (RJ), Parque Nacional Restinga de Jurubatiba (RJ), Rebio Poço das Antas (RJ), Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá (RJ) |
Ação | Situação |
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5 Law & policy | on going |
A exploração da madeira de caixeta está regulamentada no Estado de São Paulo pela Resolução SMA Nº 11, de 13 DE ABRIL DE 1992. A resolução estabelece que apenas indivíduos com diâmetro na altura do peito maior do que 15 cm devem ser cortados, além da manutenção de pelo menos 20 indivíduos reprodutivos por hectare. Entretanto, de acordo com Cavalari Neto (2004), é necessária a manutenção de pelo menos 75 indivíduos reprodutivos por hectare, sendo distribuídos de forma homogênea pela área. De acordo com Bernhardt (2003), seria necessário que o ciclo de corte seja de 16 anos. | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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11. Other household goods | natural | stalk |
Espécie de madeira leve e muito explorada, usada na confecção de tamancos, instrumentos musicais, brinquedos, lápis e artesanato. Considerada a segunda melhor madeira do mundo para a confecção de lápis (Castro, 2002). A exploração de caixeta é realizada, exclusivamente, em áreas de florestas naturais. A espécie possui algumas particularidades como grande potencial de regeneração da cepa após o corte e a capacidade de habitar áreas alagadiças. Estes fatores tornam seu manejo muito promissor, porém a maior parte da produção de caixeta sempre foi de caráter predatório, com florestas cortadas e abandonadas (Marquesini et al., 1998). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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16. Other | natural | stalk |
A Caixeta é madeiras nobre para a confecção de instrumentos musicais, usada por comunidades tradicionais no fabrico de violões e rabecas (Petrobras, 2012). | ||
Referências:
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