BIGNONIACEAE

Tabebuia cassinoides (Lam.) DC.

VU

EOO:

351.559,669 Km2

AOO:

820,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, encontrada nos estados do ESPÍRITO SANTO, municípios de Conceição da Barra (Pereira 5720), Guarapari (Pirani 3488), Linhares (Peixoto 3014), Nova Venécia (Forzza 7792), São Mateus (Faria 155), Serra (Pereira 534), Sooretama (Zuntini 41), Vila Velha (Vinha 1183), Vitória (Assis 418); MINAS GERAIS, município de Descoberto (Castro 572); PARANÁ, municípios de Antonina (Novais IB20), Guaraqueçaba (Tardivo 78), Guaratuba (Silva 554), Matinhos (Souza 32), Morretes (Hatschbach 1477), Paranaguá (Hatschbach 21389), Pontal do Paraná (Bonaldi 572); RIO DE JANEIRO, municípios de Arraial do Cabo (Uller s.n.), Cabo Frio (Rezende 241), Campos dos Goitacazes (Baez 912), Carapebus (Oliveira s.n.), Duque de Caxias (Silva Neto 1503), Guapimirim (Pereira 44593), Itaboraí (Araújo 1355), Itatiaia (Ule 4333), Macaé (Araújo 3705), Magé (Almeida 131), Mangaratiba (Ribeiro 720), Maricá (Agarez 30), Miguel Pereira (Monteiro s.n.), Niterói (Machado 1131), Nova Iguaçu (Silva Neto1471), Paraty (Marquete 1280), Petrópolis (Nunes s.n.), Rio Bonito (Trinta 907), Rio de Janeiro (Lanna 243), São José de Ubá (Dan 2326), Saquarema (Fontella 2880), Silva Jardim (Silva Neto 1278); SÃO PAULO, municípios de Bertioga (Gottsberger22), Biriba Mirim (Fepaf 101), Boracéia (Proença 76), Cananéia (Barros 1979), Caraguatatuba (Queiroz 483), Cubatão (SP 14896), Iguape (Catharino 28), Ilha Comprida (Carrasco 49), Itanhaém (Romão 729), Juquiá (Kuhlmann 3101), Mogi das Cruzes (Nicolau 2817), Pariquera-açu (Sztutman 148), Peruipe (Castelani 50), Picinguaba (Araújo 33543), Registro (Souza 101), Salesópolis (Nicolau 2536), Santos (Boldrin 482), São Paulo (Hoehne 2320), São Sebastião (Oliveira 3662), Ubatuba (Leitão Filho 34713),

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(i,ii,iii,iv,v)
Categoria: VU
Justificativa:

Árvore de até 18 m, endêmica do Brasil. Conhecida popularmente como caixeta e pau-de-tamanco, entre outros, foi documentada tipicamente em ambientes alagados próximos ao mar associados à Mata Atlântica (Gentry, 1992), preferencialmente em áreas que apresentam variação na lâmina d'água (Castro, 2002). Formam frequentemente os chamados "caixetais", com densidade específica superior a 50% (Bernhardt, 2003), principalmente nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Era reportada para o estado da Bahia, entretanto, estudos recentes demonstraram que essas subpopulações correspondem a outra espécie (Lohmann com. pess.). Apresenta distribuição ampla (EOO=306332 km²), porém alta especificidade de habitat e AOO=828 km². É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), e vem sendo intensamente retirada da natureza desde o começo do século XX. Atualmente, restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação, como o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caixetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. A exploração de caixeta é realizada, exclusivamente, em áreas de florestas naturais. Apesar de possuir particularidades como grande potencial de regeneração da cepa após o corte e capacidade de habitar áreas alagadiças, o que tornam seu manejo possível, porém a maior parte da produção é de caráter predatório, com florestas cortadas e abandonadas (Marquesini et al., 1998). Apesar de protegida por Unidades de Conservação de proteção integral, é uma espécie bastante explorada e de alto valor agregado, utilizada na confecção de tamancos, instrumentos musicais e artesanato (Tropical Plants Database, 2019). Atualmente, restam poucas subpopulações viáveis para a exploração comercial. Apenas São Paulo dispõe de legislação regulamentando sua exploração, onde estabelece que apenas indivíduos com DAP maior que 15 cm podem ser cortados, e exige a manutenção de pelo menos 20 indivíduos por hectare. Entretanto, foi demonstrada a necessidade de manutenção de ao menos 75 indivíduos reprodutivos por hectare, distribuídos de forma homogênea, considerando-se sua alta diversidade genética intra populacional (Cavalari Neto, 2004). Diante desse cenário, portanto, a espécie foi considerada "Vulnerável "(VU) à extinção neste momento. Infere-se declínio contínuo em EOO, AOO, extensão e qualidade de habitat, no número de situações de ameaça e número de indivíduos maduros. Recomenda-se a garantia do ciclo de corte estimado, além de investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de verificar a existência de subpopulações remanescentes, considerando a viabilidade populacional e sua efetiva proteção lastreada em legislação e dados científicos atualizados, além da elaboração de um Plano de Manejo sustentável adequado que viabilize a exploração da espécie por populações tradicionais.

Último avistamento: 2018
Quantidade de locations: 10
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Em Perigo" (EN) na Portaria 443 (MMA, 2014) sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re-acessado após 5 anos da última avaliação.

Houve mudança de categoria: Sim
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 EN

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Prodr. [A. P. de Candolle] 9: 213. 1845

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: O valor médio da caixeta serrada foi de R$ 300,00/m³ em 2001, quase o dobro do pinus. A rentabilidade da atividade estimada para caixeteiros varia entre 3,0 e 4,5 salários mínimos/mês, representando interessante fonte de renda e trabalho se comparadas às alternativas de trabalho existentes na região. Entretanto, para o proprietário da terra a comparação da rentabilidade da caixeta vis-à-vis à da banana mostra que a da banana é muito superior (cerca de 100 vezes) à da caixeta. Conclui-se que os proprietários de caixetais não possuem incentivo econômico para a preservação dessas áreas. (Castro, 2002). Em 2019 está sendo oferecido no Mercado Livre “Madeiras Nobres Para Instrumentos Musicais” – Caixeta - Tampo para violão R$ 70,00; Corpo de violão R$ 120,00; Set para violão R$ 420,00. Ainda segundo este site: Caixeta é a mais sonora e a mais procurada das madeiras para confecção de instrumentos musicais (foram vendidos 89 sets em 4 meses). Sua raiz tem uso medicinal, no tratamento de enterite crônica, desenteria, diarreia e muco intestinal, aumenta o apetite, facilita a digestão e trata a anemia. Sua casca produz cortiça; a madeira é de grãos finos e superfície macia, leve e de baixa durabilidade quando exposta ao tempo. Usada no fabrico de brinquedos, caixas, saltos e solas de sapato, fósforos, molduras, lápis e violões (Useful Tropical Plants).

População:

Detalhes: A espécie forma densas populações em áreas alagadas próximas ao litoral, chamadas de caixetais. Ocorriam naturalmente de Pernambuco a Santa Catarina, sendo a T. cassinoides considerada espécie exclusiva destes caixetais. Na região sudeste do Estado de São Paulo foram identificados cerca de 76 caixetais ocupando uma área de 1990 ha (Castro, 2002). Apresenta altos índices de diversidade genética, principalmente intra-populacional (Cavalari Neto, 2004). Os caixetais apresentam alta diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas, lianas, musgos e líquens (Viana e Nolasco, 1999).
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Cavalari Neto, M., 2004. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
  3. Viana, V.M., Nolasco, A., 1999. O bom uso da Floresta. Notícias FAPESP 44:24-26.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Luminosidade: heliophytic, esciophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Submontana, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp Forest
Clone: unkown
Rebrotar: yes
Detalhes: Árvore de até 18 m de altura (Gentry, 1992) encontrada na Mata Atlântica (Lohmann, 2019). Típica de ambientes alagados próximos ao mar (Gentry, 1992), preferencialmente em áreas que apresentam variação na lâmina d'água (Castro, 2002). Muitas vezes forma os chamados caixetais, com densidade maior do que 50% dessa espécie (Bernhardt, 2003).
Referências:
  1. Lohmann, L.G., 2019. Tabebuia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB114267>. Acesso em: 30 Jan. 2019
  2. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  3. Bernhardt, R.2003. Análise Quantitativa e Qualitativa do Crescimento de Caixeta - Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. - em Florestas Manejadas, no Município de Iguape/SP. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.
  4. Gentry, A.H. 1992. Flora Neotropica 25(2): 163-164.

Reprodução:

Detalhes: Floresce de julho a dezembro e frutifica de outubro a março (Castro, 2002). Possuem muitas espécies de epífitas e lianas associadas (Castro, 2002). O fato da espécie constituir grandes subpopulações e ter capacidade de rebrota, indicam grande potencial para seu manejo sustentado sem a necessidade de replantio (Castro, 2002). A produção de frutos e sementes começa a ocorrer com indivíduos a partir de 3 cm de diâmetro na altura do peito e tende a aumentar a medida que a árvore cresce. A época de germinação é variável (Borges et al., 2000). A regeneração natural por meio de sementes é pouco freqüente devido ao fato de as sementes dificilmente atingirem o solo, em razão do abundante sub-bosque, da flutuação da lâmina d’água e da camada de matéria orgânica (galhos e folhas decompostas) (Silva, 2000). Entretanto, a regeneração por propagação vegetativa é excelente. A caixeta possui alta capacidade de emitir brotações nas cepas, galhos (que caem naturalmente ou são abandonados após a colheita) e, principalmente, por raízes (Silva, 2000; Nolasco, 2000). Após o corte, entre dois a três meses, as cepas de caixeta começam a emitir uma grande quantidade de brotos com vigoroso crescimento (Silva, 2000). Caso não seja realizada uma seleção e desbaste, com o passar do tempo, os brotos passam a competir entre si crescendo mais lentamente (Silva, 2000). Assim, é recomendável que se faça desbrotamento do caixetal, um ano após o corte estima-se que ocorra um crescimento de, aproximadamente, 1,68 cm (diâmetro do broto) por ano no caso de se deixar um broto por cepa. Supondo que o crescimento seja linear nos primeiros anos, seriam necessários 8,9 anos para os brotos atingirem o ponto de corte de 15,0 cm de diâmetro. Por outro lado, deixando dois brotos por cepa, o crescimento médio anual cai para 1,10 cm/ano. Nesse caso, o mesmo diâmetro (15 cm) seria atingido em cerca de 13,6 anos. É interessante observar que esta diferença no ciclo de corte pode ser compensada com um volume de madeira maior, já que a produção seria duplicada. Se a taxa de crescimento em diâmetro for contínua somente até 10 cm de diâmetro e, posteriormente, o crescimento assumir o comportamento encontrado para árvores adultas nunca cortadas que possuem diâmetro entre 10 e 25 cm (média de 0,44 cm por ano), seriam necessários, para as cepas com um broto, 17 anos para atingir o ponto de colheita (Silva, 2000).
Fenologia: flowering (Jul~Dec), fruiting (Oct~Mar)
Dispersor: Dispersa pelo vento e pela água (Cavalari Neto, 2004).
Polinizador: Polinizada por abelhas (Gentry, 1992)
Estratégia: unknown
Sistema: unkown
Referências:
  1. Gentry, A.H., 1992. Flora Neotropica 25(2): 163-164.
  2. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
  3. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  4. Borges, K. H., Viana, V. M., Paulo, R. A., 2000. Produção de Sementes e o Manejo da Caixeta (Tabebuia cassinoides). Scientia Florestalis, 57:111-122.
  5. Nolasco, A.M., 2000. Resíduos da colheita e beneficiamento da caixeta - Tabebuia cassinoides (Lam.) DC.: caracterização e perspectivas. São Carlos, 171 p. Tese de Doutorado, Escola de Engenharia de São Carlos, USP.
  6. Silva, M.M.P., 2000. Subsídios para o manejo de Tabebuia cassinoides (Lam.) DC (Caixeta): ecologia, silvicultura e manejo florestal. Piracicaba, 2000. 105 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.2 Species disturbance 5.3.2 Intentional use: large scale (species being assessed is the target) [harvest] occupancy,mature individuals past local high
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Neto, 2004).
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development locality,habitat,mature individuals past regional high
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária. A espécie ocorre próximo ao mar, em áreas muito visadas para a construção de condomínios (Castro, 2002).
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture locality,habitat,mature individuals past,present,future regional high
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária.
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching locality,habitat,mature individuals past,present,future regional high
É uma espécie bastante explorada devido ao seu uso madeireiro (Castro, 2002), vem sendo intensamente explorada desde o começo do século XX. Atualmente restam poucas subpopulações viáveis para exploração comercial (Cavalari Neto, 2004). Inúmeros fatores têm colaborado para sua degradação como: o sistema tradicional de exploração, a construção de estradas que modificam o regime hídrico do caxetal, a pressão imobiliária, além da eliminação das florestas para a implantação de cultivos agrícolas e da pecuária.
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat,occurrence past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003). Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  3. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
  4. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5 Law & policy on going
Código Florestal. Lei 4.771/65 de 15 de setembro de 1965. BRASIL. Resolução CONAMA 01/94 de 31 de janeiro de 1994. http://www.lei.adv.br/001-94.htm BRASIL. Decreto 750/93 de 10 de fevereiro de 1993. http://www.lei.adv.br/750- 93.htm Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2. "Em Perigo" na Lista Vermelha 2013. BRASIL.
Referências:
  1. IMAFLORA, 1997.Instituto de Manejo e Certificação Agrícola e Florestal. Relatório das atividades de pesquisa de mercado para produtos ecológicos da Mata Atlântica. Piracicaba. 23p.
Ação Situação
1 Land/water protection on going
Encontrada em diversas unidades de conservação (Snuc), como: Parque Estadual da Serra do Conduru (BA),Reserva Biológica do Mico-Leão (BA), Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce (ES), Parque Estadual Paulo César Vinha (Setiba - ES), Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP), Estação Ecológica Juréia-Itatins (SP), Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (SP), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba (SP), Parque Estadual Rio da Onça (PR), Rebio Tingua (RJ), Parque Nacional Restinga de Jurubatiba (RJ), Rebio Poço das Antas (RJ), Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá (RJ)
Ação Situação
5 Law & policy on going
A exploração da madeira de caixeta está regulamentada no Estado de São Paulo pela Resolução SMA Nº 11, de 13 DE ABRIL DE 1992. A resolução estabelece que apenas indivíduos com diâmetro na altura do peito maior do que 15 cm devem ser cortados, além da manutenção de pelo menos 20 indivíduos reprodutivos por hectare. Entretanto, de acordo com Cavalari Neto (2004), é necessária a manutenção de pelo menos 75 indivíduos reprodutivos por hectare, sendo distribuídos de forma homogênea pela área. De acordo com Bernhardt (2003), seria necessário que o ciclo de corte seja de 16 anos.
Referências:
  1. Cavalari Neto, M., 2004.. Efeito do Manejo na Diversidade Genética de Populações Naturais de Tabebuia cassinoides Lam (DC), por Marcadores Isoenzimáticos. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2004
  2. Bernhardt, R.2003. Análise Quantitativa e Qualitativa do Crescimento de Caixeta - Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. - em Florestas Manejadas, no Município de Iguape/SP. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
11. Other household goods natural stalk
Espécie de madeira leve e muito explorada, usada na confecção de tamancos, instrumentos musicais, brinquedos, lápis e artesanato. Considerada a segunda melhor madeira do mundo para a confecção de lápis (Castro, 2002). A exploração de caixeta é realizada, exclusivamente, em áreas de florestas naturais. A espécie possui algumas particularidades como grande potencial de regeneração da cepa após o corte e a capacidade de habitar áreas alagadiças. Estes fatores tornam seu manejo muito promissor, porém a maior parte da produção de caixeta sempre foi de caráter predatório, com florestas cortadas e abandonadas (Marquesini et al., 1998).
Referências:
  1. Castro, R.C.F., 2002. Análise econômica do manejo da caixeta – Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Na região do Vale do Ribeira, SP: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. 133p.
  2. Marquesini, M., Viana, V.M., Paulo, R.A., Trovó, M.F.,1998. Planos de manejo florestal de caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM) DC. Iguape: Proter/USP, ESALQ, 1998. 34p. (Relatório do sub-projeto "Manejo sustentável de populações naturais de caixeta e implantação de uma serraria comunitária")
Uso Proveniência Recurso
16. Other natural stalk
A Caixeta é madeiras nobre para a confecção de instrumentos musicais, usada por comunidades tradicionais no fabrico de violões e rabecas (Petrobras, 2012).
Referências:
  1. Petrobras, 2012. Diagnostico participativo do Litoral Sul. https://www.comunicabaciadesantos.com.br/sites/default/files/carousel_images/relatorio_final_de_diagnostico_participativo_do_litoral_sul.pdf. (Acesso em janeiro 2019)